FEMINISMO EM BUSCA DA LIBERDADE

Não escrevo por mim, escrevo em nome da minha revolução.

Wednesday, November 08, 2006

Demorei 800 anos para sentir (esse) meu próprio texto - mais 200 para pública-lo, e talvéz, eu demore mais 400 para mudar o conteúdo dele. E então, ficou assim:

Dordela minha; dorminha dela.
Por Amanda Santos


Em (dor) meio de uma folha de papel em que estava escrita toda a história,
encurvava-se estreitamente um caminho à distância, no longe
de toda (dor) paisagem perfeita. (dor)
Era tão verdadeira que cheirava a tinta fresca.
Retomei o lugar da onde (dor) voltava os meus olhos, e logo a vi.
Por todo o momento eu já não escutava mais nada, eu só a observava.
Enquanto sentada a um jardim chorando (dor) aos prantos em baixo de uma
Árvore (dor) que soltava cascas em pedaços, todavia, suspeitei... (dor)
“a primavera deveria ter sido tão curta para aquela bela jovem”.
Eu queria observa-la (dor) a cada gesto naquele momento.
Lentamente ao sol, ela se dirigiu e disse:
"Toma-me toda a vida, pois eu já não tenho mais meus pés"
Ao ouvir aquele (dor) murmuro junto com a frase que me chocava,
tentei por segundos fazer meus ouvidos engolir todas aquelas palavras.
Segui-me em direção a (dor) teus lamentos...*os lamentos da bela jovem.*
Pouco e tão perto que faltava os meus passos para alcançar as minhas mãos
sobre teus ombros, preferi ficar parada ali (dor) aonde eu me encontrava,
e logo (dor) disse “- Menina, algo lhe incomoda?"
Ela se virou, e me apontando o dedo disse...
“ - Você sabe o quanto isso dói? Já se (dor) sentiu tão fraca como eu,
por conseqüências de algo que tu não aceitas e que (dor) é obrigada a
exercer-lhe e ter de suportar ?”
Logo em seguida tentei engolir (dor) todas aquelas palavras novamente.
Abaixei minha cabeça e disse com tom suave.."Se não me abraças morreremos
uma a cada minuto! Mas (dor) se me abraças, tentaremos juntas!”
Então a jovem sofrida estende teus braços para mim.
Algo tão (dor) resolúvel... só nós sabíamos nos entender
por mais que seriam tão poucas palavras que trocadas entre ambas.
Logo em seguida daquele abraço tão forte e verdadeiro
acordei de um leve (dor) pensamento por onde me levou a quase realidade.
Abri meus olhos e me deparei com a (dor) história escritas em minhas mãos.
Um livro escrito por uma jovem que tinha morrido na década passada.
Uma história tão dolorosa... soluçada, como a minha.
Então voltei minha cabeça para baixo e refleti de quanto isso nos incomoda
a séculos, e de quanto isso sempre foi tão sofrido para todas nós.
Que por mais que a bela jovem estivesse (dor) morta, e eu nunca teria a conhecido....
Eu fiz das lágrimas dela o coral de minhas lágrimas, e das suas palavras
as (dor) mesmas que havia por dentro do meu peito, chamadas: DOR E REVOLTA.
Agarrei toda as páginas (dor) daquela história que me arrepiava a alma.
Levantei-me em rumo ao sol, como a própria tinha feito.
E soletrei úmidas palavras ..."Eu irei me libertar desses escombros". (dor).






(e nisso, talvéz, só os parenteses é o que sufoca).

1 Comments:

Blogger Ana Carolina Minozzo. said...

Que texto mais lindo.

8:07 AM  

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